Religião

Umbanda


 “Se o ser humano num tiver uma vida Espiritual Organizada, não é nada, cai por terra”
(PAI MAURÍCIO D'OGUM)
A cultura brasileira é marcada pela difusão de etnias, onde vários povos influenciaram a construção da nossa identidade, assim somos um povo mestiço. As heranças herdadas são muitas, em destaque nas manifestações e tradições do negro que são praticadas até os dias atuais. O conhecimento da história local é de estrema importância para a valorização de suas raízes, aqui em Mundo Novo são vários acontecimentos, fatos históricos que constroem nossa cultura. Em destaque a manifestação umbandistas que aproximadamente desde 1980 é exercida aqui na nossa cidade, por “cutuar pretos velhos, orixás, caboclos”. Criticado e censurado por ser “desconhecido”, talvez, mais o que vemos é falta de informação e conhecimento de uma sociedade preconceituosa. Sendo assim é louvável fazer e trazer presente o conhecimento de uma religião de matriz africana, esta reuniu ao longo da história personagens das mais variadas regiões da África, para que os presentes possam ter esse conhecimento a cerca dessa linda religião. A Umbanda é uma religião praticada na nossa cidade através de algumas Casas de Santo que exercem as práticas dessa religião, digo, Cultas aos Orixàs.
As casas de santo tem uma trajetória importante e marcante, aqui tem três casas que são destaque à casa de Umbanda de Dona Josefa de Oxum; conhecida como Dona Joseja ou Zefa curadeira uma das primeiras casas. Em 2009, dona Zefa faleceu com 96 anos de idade.
A outra a Casa do Senhor Ogum de Umbanda; seu nego da bananeira, as atividades em seu terreiro foi iniciado na década de 1980, onde seu ultimo caruru de São Cosme e Damião foi em 2009, para seu nego os orixás orientam sua vida.
E casa de Umbanda de Axé Okitalandê – Pai Mauricio de Ogum, fundada em 01 de maio de 2000, com apenas 17 anos, já tinha sua própria casa. Atualmente a maior referencia de casa de santo é a sua, hoje sua casa é referencia não apenas na cidade mais por toda a região. Onde frequentemente tem festas aos orixás, sua casa é um lugar em que é frequentando por filhos e pela população. ”Umbanda é paz, amor e liberdade”.
Resgatou uma cultura religiosa que estava quase morrendo em nossa cidade, deu vida e tranqüilidade à comunidade que freqüenta sua Casa. Pai Maurício de Ogum é um Pai de Santo muito respeitado por quem apenas o conhece como o moço Maurício, jovem que sabe ouvir, e transmitir os preceitos dos Orixàs que regem as atividades daquele lugar, como também por todos os seus filhos de Santo que tem na pessoa dele não só um Pai, mas um amigo, companheiro que a todo tempo e momento está a ajudar e conduzir a todos pelos caminhos corretos.
Ao elaborar este trabalho um fato que também chama muito a atenção é o relato de que as pessoas deixaram de usar o Branco, suas guias, as rezas em suas casas e outros rituais.
“Ô nesta Casa só quem manda é Deus e não há outro que possa mandar. Ô essa Casa é de Jesus Cristo é de Ogum de Ronda é dos Orixàs”.
Existe ainda muito preconceito a religião originária dos africanos, mais que até os dias atuais está presente em nossa sociedade, resistindo ao tempo e ao preconceito. A nossa história se mostra distante de nossas raízes, negando assim nossas raízes africanas.


Referências Bibliográficas
Disponível em:< http://www.templodovaledosoledalua.org.br/a-umbanda/umbanda-um-resumo/ >Acesso em: 20/01/2013 Às 17h27min.
Entrevista com o Líder Religioso Pai Maurício D'Ogum
MENDES, Tatiane Santana. Os caminhos da Umbanda em Mundo Novo-BA / 1980 a 2011: cotidiano, afirmação e resistência.








A IGREJA CATÓLICA:
A Primeira Igreja de Mundo Novo foi fundada no extremo da praça, que seria nomeada Praça do Comércio e mais tarde Praça Senador Cohim(como a conhecemos atualmente), no dia 20 de Abril de 1887 um novo prédio foi construído para substituir a velha capela de taipa que se situava onde atualmente está o coreto, mas os trabalhos foram interrompidos em 1889 devido a uma grande seca, pois os recursos utilizados fora próprios, como sabemos o catolicismo predominava no Brasil naquela época e não poderia ser diferente em Mundo Novo, pois foi uma herança dos portugueses que ao se instalarem na Bahia logo trataram de fazer seu projeto de catequização.

Nos arredores da sua capela foram surgindo novas casas e também o cemitério local, as casas se estendiam pelas ruas atual Rua da Igreja e desciam pela Rua do Curral(Rua José Alves Barreto) e Rua da Lyra(Rua Rui Barbosa).
Segundo Dante de Lima, a Igreja Católica favoreceu o pequeno lugarejo a conseguir uma tutela  junto a Província da Bahia, isso ocorreu em 31 de dezembro de 1857, através da lei 669:


“Fica elevado a matriz da capela de Nossa Senhora da Conceição de Mundo Novo, com a denominação de Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Mundo Novo.”
(Dante de Lima, 2005)
Nesse momento nossa cidade teve suas terras fixadas a Villa de Nossa Senhora das Dores de Monte Alegre(atual cidade de Mairi) deixando de pertencer a Villa de Santo Antonio de Jacobina(atual cidade de Jacobina), naquela época a capela era elevada a freguesia e depois a villa, se tornando assim um município, como conhecemos hoje em dia.
Mundo Novo teve como seu primeiro vigário o Pe. Antonio de Cerqueira Daltro Pinto, nomeado pela carta pastoral do Arcebispo D. Raimundo Antonio Seixas, com a chegada do padre se iniciaram o registro da posse de terras a partir de 28 de abril de 1858, se tornando o primeiro livro de registro da cidade.
Atualmente a Igreja católica Nossa Senhora da Conceição pertence a Diocesse de Rui Barbosa e tem como vigário o Pe. Francisco.
 Apesar do crescimento do número de igrejas protestantes, o catolicismo ainda exerce grande influência na nossa cidade com suas pastorais da Criança, da Família, etc. e também as festas dos santos católicos que já são tradição, como:
- Nossa Senhora da Conceição, padroeira da cidade;
- Festa de São Judas Tadeu, com procissão até o Monte da Santa Cruz;
-Cenáculo de Maria, onde as igrejas católicas da região participam, entre outras.
Fontes:
DE LIMA, Dante. “Mundo Novo: Nossa Terra, Nossa Gente”, 2° edição, 2005.
acessos em 24/01/2013.



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