Cultura


Samba de roda e Chula - Silvano e Zé Beté - Na sala da minha casa...

Samba de Roda

A origem do Samba de Roda no município de Mundo Novo iniciou-se segundo pesquisas realizadas com os 
sambadores da região por volta de 50 e 60 no povoado do Cobé, cantado pelos senhores Cipriano e Virgílio os mais velhos da localidade, mais tarde passado para Modesto e filhos que realizavam neste mesmo povoado oTerno de Reis juntamente com seus companheiros e como falamos acima também seus filhos, dos quais apenas cinco(5) continuaram a exercer essa cultura, que são eles: Bel, Patrício, Silvano e Felipe, este último veio a falecer a cerca de dois anos mais ou menos. Segundo o próprio cantador de Chula Bel de Modesto como é conhecido explica em uma de suas gravações para o Programa de Tv Na Carona que, a Chula do Recôncavo é diferente da Chula da nossa região, explico, no Recôncavo as pessoas cantam sentadas, homens, mulheres e crianças cantam juntas, já aqui é separado, ou seja, cada dupla canta sua vez, na hora do batuque são quatro duas duplas. No samba de Chula do nosso município as palmas tem papel importante de acordo com os próprios sambadores, ou seja, são consideradas como coral da mesma, e conhecida como Palma Cortada que sá o repique à música. Uma outra característica do Samba de Roda, em especial da Chula em Mundo Novo é que os participantes não sambam, à medida que os cantadores gritam a Chula que é uma forma de poesia. A manifestação da dança só ocorre após a declamação da poesia, onde uma pessoa a cada vez samba no meio da Roda ao som dos instrumentos e das palmas. Porém, no Samba corrido da região do Recôncavo, as pessoas sambam à medida que os solistas, os quais são dois e o coral alternam no canto, digo, na melodia. Segundo fontes de pesquisas, a escritora Dantas, Neuma ressalva que o Samba de Roda do Recôncavo baiano foi registrado como Patrimônio Cultural do Brasil pelo IPHAN em 2004 e proclamado Obra-Prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade pela UNESCO em 2005.

A Chula

A chula é um grande movimento cultural do nosso município, essa tradição iniciou-se entre a década de 50 e 60. Fomos ao encontro de senhor Dé Pedreira que nos relatou como esse festejo ocorria, a partir do mês de novembro todas as pessoas que faziam parte desses grupos de sambadores saiam de suas casas em
busca de alimentos para o grande dia de Reis que ocorria no dia 6 de janeiro, os donativos arrecadados eram utilizados para alimentar as pessoas que acompanhavam os grupos dos sambadores.
Segundo a fala do senhor Valdemar Pedreira dos Santos vulgo Dé Pedreira, em Mundo Novo existiam 06 grupos de sambadores dentre eles podemos citar: “Grupo da fazenda Canabrava, Covão liderado por Dominguinhos, Grupo do Santo Antônio liderado por Juquinha e seus irmãos que eram treze, Grupo do Cobé liderado por Modesto, filhos e amigos, “Grupo de Sambadores do Andaraí, distante do Cobé 24 km, com outro estilo de cantoria, Grupo de Mundo Novo, formado por moradores dos bairros de Capanga Suja, Sapé e Floresta”. Os instrumentos utilizados pelos sambadores são: pandeiro, pato esmaltado e colher, cavaquinho e palmas cortadas. A chula é um tipo de poesia cantada por um solista do sexo masculino, além do cantador há outros componentes que tocam os instrumentos citados acima. Os expoentes de sambas populares cantam aos quatro cantos do município de Mundo Novo, primeiro porque gostam, depois, batucam e sambam incentivando a juventude a manter a tradição da Chula, do Terno de Reis, do Samba de Roda e das cantorias religiosas em louvor aos santos, eles tentam conservar um forte traço da cultura Mundonovense, mais como disse o nosso entrevistado senhor Dé Pedreira “A juventude não se adaptou a essa tradição pois quem participava sentia gosto pelo samba de roda ao contrário das pessoas dos dias atuais, mais alguns desses sambadores que ainda permanecem em nosso município tentam conservar um forte traço da cultura mundonovense mas, mesmo com a riqueza criativa de seu canto, infelizmente, o desinteresse domina a cena popular”.

 Referências Bibliográficas:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Samba-chulado http://pt.wikipedia.org/wiki/Samba_de_roda
Valdemar Pedreira dos Santos vulgo Dé Pedreira
DVD na Carona (Programa Televisionado)



“Samba de Chula: Um Diferencial Artístico em Mundo Novo”


Os expoentes de sambas populares cantam aos quatro cantos do município de Mundo Novo, primeiro porque gostam, depois, batucam e sambam incentivando a juventude a manter a tradição da Chula, do Terno de Reis, do Samba de Roda e das cantorias religiosas em louvor aos santos. Tentam conservar um forte traço da cultura mundo-novense, mas mesmo com a riqueza criativa de seu canto, infelizmente, o desinteresse domina a cena popular.
No inicio, eram dois grupos de samba: o de Mineiro e o de Modesto do Cobé. O primeiro, batizado como Aureliano Miranda, hoje aos 75 anos e morador do Sapé, tem boas lembranças do tempo que sambava com os inúmeros companheiros, a maioria hoje “estudando geologia nos campos santos”, como diria nosso mestre Machado de Assis. Mineiro começou cantando para São Cosme e São Damião no toque do pandeiro. Também participava do Reis de Janeiro ou Terno de Reis, “abra a porta senhor que o Santo Reis chegou”.  O cantador recorda que “Seu Satilo” comandava as apresentações do bumba-meu-boi e da poldinha, “ele mesmo preparava as roupas, os bichos, e saia sambando pela cidade”, relata o festejo que era acompanhado da sanfona e pandeiro.
O outro grupo nasceu no Cobé, distrito de Mundo Novo. De acordo com Bel, como é conhecido Geraldo da Silva Santos, 73 anos, os sambadores de roda, no tempo de sua infância, eram Cipriano e Virgílio. Depois veio seu pai, Modesto, a mãe tocava a viola e os irmãos acompanhavam o Reis e o samba de chula. Aliás, como fazem até hoje.
Para Bel, os sambas populares, a chula, o samba de roda, têm importância na medida em que são a tradição, a raiz musical do nosso povo. Infelizmente, segundo o artista, não há interesse da juventude pela arte. “Vai parar. Estou numa idade avançada e não vejo quem vai segurar a peteca”, lastima Bel que é compositor e repentista. Já compôs mais de 200 músicas, gravou 3 CD’s e 01 DVD com Zé Beté e Silvano, seus companheiros atuais.
José Ramos da Costa é o Zé Beté, 53 anos, discípulo de Bel que o acompanha nas apresentações em Mundo Novo, nas cidades vizinhas, em Salvador, seja em programas de rádio ou nos palcos para as platéias que apreciam os cantadores. Zé Beté também sente o desinteresse dos jovens em continuar com a tradição popular, porém é mais otimista, afirmando que “o samba não pode parar”.
Tanto Bel como Zé Beté concordam que o maior compositor de chula da região é o companheiro Silvano Pereira, 53 anos. O trio participa de encontros do gênero no estado da Bahia; a dupla Zé Beté e Silvano, considerada a nova geração, já gravou 14 discos e compuseram mais de 500 músicas.
Entre os sambadores do passado estão Jorge e Dé Pedreira, bons no passo. Atualmente em Mundo Novo, contamos com Bel e seus talentosos seguidores Silvano e Zé Beté que têm o samba como sua “cachaça”. Sentem-se imensamente satisfeitos em tocar, cantar e dançar, mas “queremos mais gente para não deixar o samba de Mundo Novo morrer”, convidam. Você gosta de sambar? Então, aproxime-se, eles precisam de mais companheiros para responder o canto. Seja bem vindo!
Quem quiser adquirir CD dos sambistas de chula de Mundo Novo pode ligar para (74) 9914-0500 (Bel).
Saiba mais sobre músicas de tradição oral no Brasil:
Terno de Reis – “O grupo sai de casa em casa anunciando o reisado. O dono deve abrir a porta qualquer que seja a hora. Os cantadores tocam o batuque e cantam, louvando o dono da casa antes de ir embora. As músicas são cantadas por duas ou três duplas”(Bel e Zé Beté).
Samba de Chula – “É o quebra-cabeça. Vai juntando a letra e depois arruma a melodia e os versos. As estrofes são de quatro a cinco versos. Pode-se também improvisar a chula como repente. Acompanham o cavaquinho, pandeiro, prato, cuia, palmas e o piega (repisado). Os temas passam pelos grandes feitos e seus heróis, fatos políticos nacionais e internacionais, as mulheres, acontecimentos da comunidade etc” (Bel e Zé Beté).
Chula é uma dança e gênero musical de tradição oral. O ritmo é parte da cultura afro-brasileira, introduzido no Brasil por africanos Bantos no século XVI. Nas festas populares a dança é bastante apreciada, seus passos são curtos e movimentos cíclicos. É uma vertente do samba de roda: da língua kibundo (Angola) veio do termo “semba” declinando para samba.
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Chula
A chula cantada é praticada mais no Nordeste, acompanhada de violão, nada tendo dos movimentos da sua irmã do Sul.  A forma cantada vem dos grupos de cantadores de Natal e principalmente da folia de Reis. O samba de chula samba de chula é também conhecido como samba de viola.
Fonte:http://www.abrasoffa.org.br/folclore/danfesfol/chula.htm
Reisado são grupos devidamente paramentados com muitos enfeites, roupas coloridas, fitas, chapelões e coroas ornadas com espelhinhos, para refletirem, dizem, possíveis maus-olhados. Eles percorrem as ruas e propriedades rurais, da época natalina até o dia de Reis, pedindo prendas e doações, louvando os proprietários das casas, para quem dançam e cantam, representando, às vezes, pequenos autos relativos aos Reis Magos.
O reisado é composto de músicos tocando sanfonas, harmônicas ou consertinas (foles), pandeiros, zabumbas ou outros instrumentos de percussão, e de dançarinos que executam uma coreografia cheia de saltos, negaças e paradas.
O reisado foi introduzido no Brasil via Portugal, onde a tradição ainda é conservada nas pequenas aldeia.
Fonte:http://www.abrasoffa.org.br/folclore/danfesfol/reisado.htm
Samba de roda é uma variante musical mais primitiva do samba, originário do estado brasileiro da Bahia, provavelmente no século XIX. É um estilo musical tradicional afro-brasileiro, associado a uma dança que por sua vez está associada à capoeira. É tocado por um conjunto de pandeiro, atabaque, berimbau, viola e chocalho, acompanhado por canto e palmas. http://pt.wikipedia.org/wiki/Samba_de_roda
O samba do roda do Recôncavo baiano foi registrado como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Iphan em 2004 e proclamado Obra-Prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade pela Unesco em 2005. www.pixelindoor.com.br/sambaderoda/- 4k
A manifestação está dividida em dois grupos característicos: o samba chula e samba corrido. No primeiro, os participantes não sambam enquanto os cantores gritam a chula – uma forma de poesia. A dança só tem início após a declamação, quando uma pessoa por vez samba no meio da roda ao som dos instrumentos e de palmas. Já no samba corrido, todos sambam enquanto dois solistas e o coral se alternam no canto.
O samba de roda está ligado ao culto aos orixás e caboclos, à capoeira e à comida de azeite. A cultura portuguesa está presente na manifestação cultural por meio da viola, do pandeiro e da língua utilizada nas canções.
http://www.brasiloeste.com.br/noticia/1202/samba-de-roda-reconcavo-bahiano

Um comentário:

  1. Realmente o Samba de Roda e Samba Chulado de nosso município são uma das mais belas experiências culturais existentes por aqui.

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